Casa do Córrego

Desafios:

A gleba situada num topo de morro com toda sua extensão voltada para sul, ou seja, o sol banha o topo do morro apenas. O vento sudoeste com intensidade considerável, atinge a montanha nos meses de setembro e outubro.

O grande desafio é a implantação da construção utilizando o único acesso disponível e anda assim se beneficiar ao máximo da incidência da luz solar. A temperatura média anual na região fica entre 15 e 18 graus, no inverno chega a zero, ou seja, absorver o calor do sol é vital para a saúde desta construção.

Pontos positivos:

A gleba possui terra de boa qualidade, uma estrada de acesso já consolidada, uma mina d`água, bioma em estado de recuperação por ter sido pasto e cafezal no passado. Já havia um platô que foi utilizado para minimizar a terraplanagem. Por ser condomínio, possui algumas facilidades de segurança, coleta de lixo e rede elétrica chegando em poucos meses.

Resultado:

A casa pousa no terreno, a interferência com terraplanagem foi a mínima possível, privilegiando às áreas planas para o jardim e praticamente toda a construção está suspensa do solo.

Implantada em 3 níveis bem distintos – No Térreo temos a varanda da chegada, o hall de acesso, ampla sala com lareira central, a cozinha de acabamento primoroso e um fogão à lenha e varandas, sendo uma toda envidraçada dando para a melhor vista e outra com o fogo de chão, descoberta, também contemplando toda cadeia de montanhas voltadas para o sul. Da sala podemos acessar o andar inferior, onde se encontra uma espaçosa suíte para receber hóspedes. No andar inferior existe uma saída para visitar o terreno que se estende abaixo.

Um pátio descoberto para serviços localizado no acesso do nível térreo, serve como estacionamento e comunica através de escadas com um look industrial à área de serviço do subsolo.

Da sala de estar, subindo alguns degraus, chegamos à ala da Sala de leitura /TV e a Suíte Master. O ângulo de 30 graus na construção, permite que a ala íntima da casa receba os primeiros raios de sol da manhã. Durante a tarde, sua face Norte, com largas portas envidraçadas, recebem o sol e o calor necessários ao conforto térmico desses ambientes.

No subsolo está localizada uma espaçosa lavanderia, um banheiro para funcionários e um quarto de serviços.

A casa é bem clara. No alto das tesouras dos telhados, vidros fixos foram projetados para garantir uma boa iluminação e conforto térmico. As lajes impermeabilizadas de cobertura servem como área técnicas para localizar equipamentos e saídas de chaminés.

O conceito de biofilia foi empregado na escolha dos materiais de revestimento. Levou-se em conta a disponibilidade dos materiais fartos na região como pedras e madeiras. A telha de cobertura colonial, na cor bege claro foi a escolhida para contrastar com as paredes em tintura feita com a terra do próprio lugar.

O piso é em tábua corrida nas salas e quartos. Para cozinha escolhemos o ladrilho hidráulico para dar cor ao ambiente. A lareira central em aço corten chama a atenção por sua magnitude. Ela é fundamental para os dias frios.

Portas de correr e janelas são em alumínio anodizado marrom para mimetizar com as madeiras e vedar a entrada de correntes de ar. As janelas localizadas nas paredes de pedra e a porta de acesso do hall de entrada são de madeira de demolição para agregar valor estético à construção.

Placas solares on grid e coleta de água dos telhados serão implementados para a sustentabilidade da propriedade. As cisternas serão para hidratar o solo no período da seca e garantir que a restauração da vegetação aconteça de maneira continua.

A intenção desde o início foi criar um oásis de conforto e tecnologia para viver em harmonia, conforto e evolução. Pets são bem-vindos.